quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Revisão

Desde a Proclamação da República em 15 de novembro de 1889, o Brasil ainda não tinha se consolidado como uma verdadeira democracia. A sucessão de presidentes após Marechal Deodoro da Fonseca (primeiro presidente do Brasil) foi marcada por golpes, oligarquias, mortes, ditaduras, renúncias, e políticas como a do café-com-leite, em que se elegiam um candidato “colocado“ pelos cafeicultores donos de grandes terras (política do coronelismo).
Essa fase inicial do processo tardio de democratização do Brasil chamou-se República Velha, a qual foi levada com unhas e dentes, pau e pedra, até 1930. Nessa data, o país estava numa verdadeira zona de guerra, pois faltava de tudo e mais um pouco. A maioria da população vivia na pobreza extrema: não existia saúde, educação, emprego, serviços sociais, saneamento, etc. Tudo era pobre e precário.
Na eleição de 1930, guiado por uma nova forma de pensar e olhando o Brasil de uma forma diferente, Getúlio Vargas, junto com a Aliança Liberal e militares descontentes com o governo, deram um golpe de estado, provocando o que ficou conhecido como a Revolução de 1930. Era o fim da política coronelista, era o fim da República Velha. O governo de Getúlio Vargas foi marcado por uma ditadura (1937 a 1945: Estado Novo) e a volta ao poder “nos braços do povo” em eleições democráticas em 1951 (1951 a 1954).
Nessa fase, a chamada Era Vargas, o Brasil passou por um grande avanço e deu um grande salto. Getúlio criou a Justiça do Trabalho, o salário mínimo, o trabalho com carteira assinada, a semana de trabalho de 48 horas, férias remuneradas. Criou ainda em seu segundo mandando uma nova moeda nacional (Cruzeiro), a Companhia Siderúrgica Nacional, a Vale do Rio Doce, a Petrobrás (O Petróleo é nosso!), a Hidrelétrica do Vale do São Francisco, o IBGE e etc. O Brasil ganhou, a partir daí, seu rumo de desenvolvimento em todas as áreas, principalmente em infra-estrutura. Getúlio Vargas se suicidou em 1954, ficando conhecido como “o pai dos pobres”.
Em 1955, um segundo grande nome da política nacional foi eleito presidente do Brasil: Juscelino Kubitschek (1956 -1961). Sua política foi marcada pelo lema “cinqüentas anos em cinco”. O plano consistia no investimento em áreas prioritárias para o desenvolvimento econômico, principalmente, infra-estrutura (rodovias, hidrelétricas, aeroportos) e indústria. Foi na área do desenvolvimento industrial que JK teve maior êxito. Investiu em estradas e trouxe para o país as grandes montadoras de automóveis: Ford, Volkswagen, Willys e GM.
Porém, a grande obra de JK foi a construção de Brasília, a qual o deixaria conhecido como o maior visionário da política brasileira. Com a transferência da capital do Rio de Janeiro para Brasília, JK pretendia desenvolver a região central do país e afastar o centro das decisões políticas de uma região densamente povoada. Com capital oriundo de empréstimos internacionais, JK conseguiu finalizar e inaugurar Brasília, em 21 de abril de 1960.
A política econômica desenvolvimentista de Juscelino apresentou pontos positivos e negativos para o nosso país. A entrada de multinacionais gerou empregos, porém, deixou o Brasil mais dependente do capital externo. O investimento na industrialização deixou de lado a zona rural, prejudicando o trabalhador do campo e a produção agrícola. O país ganhou uma nova capital, porém a dívida externa, contraída para esta obra aumentou significativamente. A migração e o êxodo rural descontrolados fez aumentar a pobreza, a miséria e a violência nas grandes capitais do sudeste do país. Mesmo com todos os problemas, JK foi um grande visionário.
Em 1964 o país entra na sua pior fase (luto democrático), era o golpe militar, onde se instalou a Ditadura Militar (1964-1985).
Já em 1985, com a eleição de Tancredo Neves para Presidente do Brasil, o país entrou na sua nova era: a era da redemocratização. No entando, Tancredo Neves fica doente antes de assumir e acaba falecendo. Assume o vice-presidente José Sarney (1985 – 1990), em um conturbado passo político. Em 1988 é aprovada uma nova constituição para o Brasil. A Constituição de 1988 apagou os rastros da ditadura militar e estabeleceu princípios democráticos no país. Porém, o país entra em mais uma fase descontrolada da política nacional, onde José Sarney ficaria conhecido como um dos piores presidentes da história.
Porém, foi através dessa base de desenvolvimento de políticas anteriores e a redemocratização do país, que o Brasil encontraria sua verdadeira rota de desenvolvimento. No entanto, faltava um novo político, capacitado e cheio de ideias, para que pudesse juntar as conquistas de Getúlio Vargas e de Juscelino Kubitschek, em um novo governo, e assim, instasse no país uma nova era de desenvolvimento. Esse político chegou, e seu nome é Luiz Inácio Lula da Silva.
Criado em família pobre, Lula cresceu trabalhando, conheceu a seca, o sertão e a fome. Fez ensino médio e foi metalúrgico. Mesmo com todos os preconceitos que esse político sofreu, o Brasil o elegeu em 2002, levando pela primeira vez ao Palácio do Planalto um metalúrgico Presidente do Brasil.
O resto da história você já sabe...
Luz para todos, Bolsa Família, Minha casa minha vida, PAC 1, PAC 2, Copa 2014, Olimpíadas 2016, Pré-sal, Petrobrás, Eletrobrás, Caixa, Banco do Brasil, desenvolvimento econômico, desenvolvimento social, BNDES, hospitais, empregos, escolas, creches, polícia, segurança, saneamento básico, estradas, pagamento da dívida externa (FMI), superávit primário, estabilidade econômica, incentivo industrial, créditos a grandes, médias e pequenas empresas, criação de vários programas nacionais, Upas, Brasil Sorridente, PSF, etc., etc., etc...
O Brasil se consolidou como uma grande nação, ganhando respeito e reconhecimento mundial. É o terceiro país do mundo com mais investimentos empresariais. Foi o primeiro país a sair de crise econômica, se é que entramos nela. Nós somos a 6ª maior economia do mundo. O Brasil, pela sua força econômica e por sua consolidação da democracia ganhou respeito internacional, e agora se credencia entre as principais potências do mundo.

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