sábado, 11 de junho de 2011

A Filosofia da Futilidade: de A a Z


fi.lo.so.fi.a
sf (gr philosophía) 1 Estudo geral sobre a natureza de todas as coisas e suas relações entre si; os valores, o sentido, os fatos e princípios gerais da existência, bem como a conduta e destino do homem. 2 Doutrina ou sistema particular de um filósofo célebre, de uma escola ou de uma época: A filosofia de Aristóteles. 3 Sistema de princípios relativos a certa ordem de fatos. 4 Estudo ou ensino da Psicologia racional, Lógica, Moral e Metafísica. 5 Elevação de ânimo, impassibilidade, resignação, que nos coloca acima dos acidentes da vida, do amor às riquezas, dos falsos preconceitos e das falsas opiniões do público: Suportemos com filosofia os infortúnios. F. das luzes: movimento do século XVIII caracterizado pela confiança no progresso e na razão, e pela liberdade de pensamento. Sin: iluminismo, Aufklärung. F. física ou f. natural: a que investiga as causas e os efeitos dos fenômenos da natureza, determinando-lhes as leis das suas relações. F. positiva: a que rejeita quaisquer noções a priori, admitindo apenas os princípios conhecidos pela observação e pela experiência. F. racional: saber fundado na razão. F. social: toda reflexão epistemológica, ontológica, metafísica e ética relacionada com a vida social, sua origem, seu desenvolvimento e seus fins. Pensamento social sistemático, que não tenha sido formulado como hipótese, e sua posterior comprovação por observações, próprias ou alheias, colhidas ad hoc. F. transcendente: a que estuda as nossas faculdades sob o ponto de vista mais elevado da Metafísica. F. de vida: concepção geral, mais ou menos racional, do universo e da vida; cosmovisão.
fu.ti.li.da.de

sf (lat futilitate) 1 Qualidade de fútil. 2 Coisa fútil.
fú.til

adj (lat futile) 1 Leviano, frívolo. 2 Vão, inútil. 3 Que tem pouca ou nenhuma importância.

A Filosofia da Futilidade: De A a Z

Este livro, talvez, não possibilitará uma maior abrangência na vida prática de muitos leitores. Digo de passagem, as diretrizes aqui encontradas só levarão você, leitor, a encontrar-se numa civilização atual onde existe um estado de desenvolvimento social precário, retrógrado e futilmente hostilizado pela população. O objetivo deste livro é mostrar o quando você, como ser social, racional, individual e coletivo, está num nível de doutrina de antagonismo, de passividade, de comercialização de produtos, de capitalização de bens, muitas vezes intrinsecamente voltado ao consumismo desenfreado de uma cultura atual, sem se dar conta do que gira à sua volta, dos pensamentos sociais, das doutrinas filosóficas e familiares, e da importância antropológica e social do ser sobre o ter. O centro comercial do século XXI gira em torno de você, muitas vezes um consumidor descontrolado, alvejado e compulsivo por objetos industrializados de médio e alto patrão aquisitivo, com um ideal de possuidor de objetos de valores elevados, possuidor de uma cultura internacional, de “boa qualidade” e relativo ao seu status social, muitas vezes mostrando a todos à sua volta uma verdade que não existe. Para chegarmos ao corpo da ideia desenvolvida nos parágrafos adiante, pesquisamos por meses diversos livros, textos, artigos e entrevistas sobre os comportamentos sociais do século XXI, bem como arquivos históricos e livros de filosofia, o que nos levará a entender um pouco dos comportamentos da sociedade brasileira nos dias atuais. Entretanto, para que esse objetivo fosse alcançado, um estudo mais aprofundado e histórico dos comportamentos sociais foi necessário, pois o entendimento dos dias atuais depende, e muito, dos fatos históricos, para que possamos compreender os comportamentos sociais da nossa sociedade dos anos 2.000.

“Vejo a futilidade na beleza e nas maquiagens. Corpos esbeltos e belos, músculos hipertrofiados em corpos desproporcionais. Vejo o acúmulo de mentira e do engano aos pais e a si próprio, numa busca interior fútil, mesquinha e egoísta. Digo àqueles que se olham no espelho nessa busca sonhadora, onde o acúmulo de transtornos e decepções tende em aparecer como doutrinas da beleza. O mundo hoje, patrão e patroa, não é dos belos, mas sim dos inteligentes”.
(Manoel Arruda, 2011).
“É melhor você ter uma mulher engraçada do que linda, que sempre te acompanha nas festas, adora uma cerveja, gosta de futebol, prefere andar de chinelo e vestidinho, ou então calça jeans desbotada e camiseta básica, faz academia quando dá, come carne, é simpática, não liga pra grana, só quer uma vida tranqüila e saudável, é desencanada e adora dar risada. Do que ter uma mulher perfeitinha, que não curte nada, se veste feito um manequim de vitrine, nunca toma porre e só sabe contar até quinze, que é até onde chega a seqüência de bíceps e tríceps. Legal mesmo é mulher de verdade. E daí se ela tem celulite? O senso de humor compensa. Pode ter uns quilinhos a mais, mas é uma ótima companheira. Pode até ser meio mal educada quando você larga a cueca no meio da sala, mas e daí? Porque celulite, gordurinhas e desorganização têm solução. Mas ainda não criaram um remédio pra futilidade!”
(Arnaldo Jabor)

AMOR
Para muitos o amor é a chave para a felicidade. Para outros é a resposta que faltava no redescobrimento da vida. Para Deus, o amor é o maior sentimento de altruísmo e perdão que alguém pode ter. Já para os filósofos, ele é como o ventre e o feto, onde ambos não vivem um sem o outro.

Quando qualquer amante tem a sorte extrema de encontrar a sua outra metade, ficam os dois tão intoxicados com o afeto, com amizade, e com o amor, que não suportam ficar sem se verem um único instante. (Platão, O Banquete)

O amor na literatura de Shakespeare, dramaturgo e poeta inglês, ficou mais conhecido com a história de Romeu e Julieta:

- Romeu, após um abraço beijado: Oh! Os teus lábios apagaram os pecados dos meus!
- Julieta: E os meus lábios guardaram para eles o pecado que encontraram nos teus...

São muitas as histórias que falam sobre esse sentimento, que pode ser considerado o mais puro e sincero que alguém pode ter. No entanto, o amor não se resume apenas a um sinônimo de casal ou de duas pessoas que se amam. Esse sentimento eterno já foi profetizado por muitos seguidores de Jesus, pelos seus discípulos e pelo próprio Cristo, que nos mostrou o seu amor frente à humanidade, quando por nós, na cruz, foi crucificado. Podemos com uma questão tentar chegar onde queremos: o amor verdadeiro pode se tornar fútil? Primeiro gostaríamos de fazer uma observação: se existe o amor verdadeiro, provavelmente o outro é fútil e falso. Essa é uma questão à qual nos deparamos muitas vezes durante os anos em nossas vidas. Em certos momentos acreditamos que o amor não existe, ou que alguém não é digno do nosso, ou que a humanidade não sabe o que é amar. Às vezes acreditamos que muitas pessoas não sabem nem mesmo o significado dessa palavra aconchegante. Podemos observar essa falta de conhecimento durante a primeira e a segunda guerra mundial, onde o amor andou longe dos campos de batalha. Esse ato de crueldade do homem nos mostrou a falta desse sentimento para com o próximo: outro exemplo é o holocausto feito por Adolf Hitler na exterminação dos judeus.
O amor deve começar dentro de casa, numa questão estritamente familiar? Acreditamos que a base fundamental da pirâmide da vida de uma pessoa começa em família. É lá que grande parte da doutrina de vida é anexada ao consciente e inconsciente. De certo modo, o amor está inserido na sua vida quando, de fato, ele existiu. Podendo ser desde seu berço ou durante seus anos de convívio familiar, ou mesmo durante o contato com seus pais, irmãos, avós, bisavós e amigos. Existe uma tendência de associação da violência humana com a má criação em família, e isso não é apenas um fato psicossocial para o aparecimento de transtornos comportamentais. É algo mais importante do que isso.
O filósofo grego Sócrates nos diz que devemos temer mais o amor de uma mulher do que o ódio de um homem. Certamente a maioria dos transtornos causados à humanidade desde os tempos em que o homem formou as primeiras comunidades, sempre foram causados por eles e não por elas. A futilidade no amor está basicamente no sexo masculino, podendo associar-se a um comportamento frio, com falta de sensatez, de compreensão e de falta de sensibilidade frente às questões sociais, frente à Cristo e a Deus. Se numa determinada sociedade não existisse as mulheres, logicamente os homens não existiriam mais.
Felizmente a importância da existência do sexo feminino na consolidação do amor é essencial a todos. De certo modo, a mulher tem mais concepção dos sentimentos, da sensatez e dos elementos constituintes para um bom relacionamento familiar, além de serem elas as doadoras da vida. Porém, nos dias de hoje, esse comportamento está sendo modificado. O sexo masculino pode ser considerado o lado “podre” da civilização, porém, o que será da sociedade se as mulheres se mostrarem passivas frente às hostilidades de coisas fúteis da sociedade atual? Com esse comportamento, poderemos imaginar que o amor, a base familiar, pode se transformar em mais um objeto de consumo, onde poderá ser vendido a quem oferecer mais dinheiro. Esta questão pode soar como mais uma para apreço popular, mas não podemos negar que nos dias atuais esse sentimento está cada vez mais escasso e menos valorizado.

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(Livro sendo escrito por Manoel Arruda e Henrique Scheid)
Previsão de lançamento: Dezembro de 2011.