sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Diretrizes de Governo - O Brasil que queremos

Queremos um Brasil justo e sustentável. E o passado recente, que nos trouxe até este momento extraordinário de amadurecimento, indica que é um desejo viável. A história que vivemos nas últimas décadas traz a informação essencial para irmos adiante na direção do sonho.

Queremos um Brasil com educação de qualidade e atendimento às necessidades de saúde de cada cidadão. Queremos um nível mais elevado de vida, com distribuição equitativa de renda e oportunidades de trabalho e de crescimento pessoal e coletivo. Queremos cidades saudáveis e seguras. Queremos o uso inteligente da natureza. Queremos indústrias limpas e eficientes, agricultura sustentável e investimento em conhecimento e tecnologia. Queremos um setor público livre de vícios e desvios que sugam a poupança de toda a sociedade. Queremos a valorização da diversidade e respeito aos direitos das minorias.

Duas condições são determinantes para alcançarmos esse sonho. A primeira: um grande esforço para fazer com que o sistema político cumpra o seu papel de mediador do debate nacional. É necessário criar um espaço de negociações legítimas, abertas, inclusivas, capazes de conduzir um processo de tomada de decisões livre do atraso histórico do patrimonialismo, do uso privado dos recursos públicos, dos acordos espúrios de bastidores. Essa não é tarefa de curto prazo, mas precisa ser iniciada a curtíssimo prazo, de forma determinada, intensa, vigorosa. O Brasil precisa sair de debaixo dos panos, emergir para a política sustentável sem a qual estaremos jogando fora nosso maior cacife, que é o entusiasmo, o engajamento e a generosidade da população, tantas vezes manifestados e tantas vezes transformados perversamente em desalento, pela incapacidade da política de estar à altura deles.

A segunda condição – sem a qual transformaremos nossos sonhos em fragmentos – é estarmos juntos. O Brasil precisa se livrar da couraça das pequenas disputas, dos projetos insanos e egoístas de poder que são uma verdadeira máquina de produzir falsas questões e travestir de interesse público competições que só dizem respeito àqueles que as usam como estratégia de derrotar adversários, mais do que confrontar projetos, na maioria das vezes inexistentes

Estarmos juntos não é pensarmos da mesma forma. Estarmos juntos é aceitarmos conversar, em nome do Brasil, confrontar nossas diferenças e descobrir o que temos em comum, entendendo que nossos interesses particulares têm que necessariamente fazer sentido dentro de uma grande construção do interesse nacional. Estarmos juntos é superar a crença na hegemonia de grupos, na exclusividade, na tomada de assalto do poder público, ainda que supostamente por bons motivos, e trocá-la pela convivência na diversidade, pela capacidade de assim gerar mais conhecimento, mais densidade e permanência nas decisões, clareza de propósitos, acordos mais transparentes, aperfeiçoamento das instituições. Estarmos juntos é uma atitude fundada na ética, no reconhecimento da legitimidade de todos os cidadãos. Estarmos juntos pelo Brasil que queremos é fazermos a tentativa histórica de ingressar, de fato, no século 21, preparados para aceitar seus desafios.

E o que queremos é, principalmente, lutar por um Brasil que viva plenamente a democracia, que a alimente para além dos seus aspectos formais e se beneficie de toda sua riqueza potencial. Isso implica um ajuste imprescindível entre os sistemas de governabilidade e de governança. Que a governabilidade seja garantida não por meio de acordos que amesquinham e desvirtuam o papel do Estado, que colocam preço em apoios e os pagam à custa da eficiência e da lógica integrada das políticas públicas. Que esteja assentada sobre a legitimidade de uma forte cadeia de governança e controle social, que só a participação direta e sistemática da sociedade nas decisões de caráter público pode dar. Para tanto, é preciso que essa participação não seja apenas cenográfica, mas real, capilarizada, expressa na ação do Estado em todos os seus níveis. A força da governança precisa impregnar a governabilidade e ajudar a reformar e modernizar o Estado, tanto do ponto de vista de seus instrumentos, quanto do mérito e qualidade das decisões e de sua implementação.

O Brasil tem que se mirar no exemplo de pequenas comunidades que, em todo o território nacional, têm descoberto as virtudes de fazer juntos, estimulando a participação – de crianças a idosos – em processos de resolução de problemas que se mostram eficientes e pedagógicos, deixando em todos a marca da cidadania e da crença na união, no diálogo, na criatividade coletiva e no respeito à capacidade própria e do outro em colaborar com seu conhecimento, sua cultura, seus saberes. É essa a democracia que queremos e podemos alcançar. A distância entre o que somos e o que podemos ser não é tão longa, se nos dispusermos a começar a caminhada.


Texto retirado do site:

http://www.minhamarina.org.br/diretrizes_governo/internas/o-brasil-que-queremos.php

Marina Silva Presidente.


quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Revisão

Desde a Proclamação da República em 15 de novembro de 1889, o Brasil ainda não tinha se consolidado como uma verdadeira democracia. A sucessão de presidentes após Marechal Deodoro da Fonseca (primeiro presidente do Brasil) foi marcada por golpes, oligarquias, mortes, ditaduras, renúncias, e políticas como a do café-com-leite, em que se elegiam um candidato “colocado“ pelos cafeicultores donos de grandes terras (política do coronelismo).
Essa fase inicial do processo tardio de democratização do Brasil chamou-se República Velha, a qual foi levada com unhas e dentes, pau e pedra, até 1930. Nessa data, o país estava numa verdadeira zona de guerra, pois faltava de tudo e mais um pouco. A maioria da população vivia na pobreza extrema: não existia saúde, educação, emprego, serviços sociais, saneamento, etc. Tudo era pobre e precário.
Na eleição de 1930, guiado por uma nova forma de pensar e olhando o Brasil de uma forma diferente, Getúlio Vargas, junto com a Aliança Liberal e militares descontentes com o governo, deram um golpe de estado, provocando o que ficou conhecido como a Revolução de 1930. Era o fim da política coronelista, era o fim da República Velha. O governo de Getúlio Vargas foi marcado por uma ditadura (1937 a 1945: Estado Novo) e a volta ao poder “nos braços do povo” em eleições democráticas em 1951 (1951 a 1954).
Nessa fase, a chamada Era Vargas, o Brasil passou por um grande avanço e deu um grande salto. Getúlio criou a Justiça do Trabalho, o salário mínimo, o trabalho com carteira assinada, a semana de trabalho de 48 horas, férias remuneradas. Criou ainda em seu segundo mandando uma nova moeda nacional (Cruzeiro), a Companhia Siderúrgica Nacional, a Vale do Rio Doce, a Petrobrás (O Petróleo é nosso!), a Hidrelétrica do Vale do São Francisco, o IBGE e etc. O Brasil ganhou, a partir daí, seu rumo de desenvolvimento em todas as áreas, principalmente em infra-estrutura. Getúlio Vargas se suicidou em 1954, ficando conhecido como “o pai dos pobres”.
Em 1955, um segundo grande nome da política nacional foi eleito presidente do Brasil: Juscelino Kubitschek (1956 -1961). Sua política foi marcada pelo lema “cinqüentas anos em cinco”. O plano consistia no investimento em áreas prioritárias para o desenvolvimento econômico, principalmente, infra-estrutura (rodovias, hidrelétricas, aeroportos) e indústria. Foi na área do desenvolvimento industrial que JK teve maior êxito. Investiu em estradas e trouxe para o país as grandes montadoras de automóveis: Ford, Volkswagen, Willys e GM.
Porém, a grande obra de JK foi a construção de Brasília, a qual o deixaria conhecido como o maior visionário da política brasileira. Com a transferência da capital do Rio de Janeiro para Brasília, JK pretendia desenvolver a região central do país e afastar o centro das decisões políticas de uma região densamente povoada. Com capital oriundo de empréstimos internacionais, JK conseguiu finalizar e inaugurar Brasília, em 21 de abril de 1960.
A política econômica desenvolvimentista de Juscelino apresentou pontos positivos e negativos para o nosso país. A entrada de multinacionais gerou empregos, porém, deixou o Brasil mais dependente do capital externo. O investimento na industrialização deixou de lado a zona rural, prejudicando o trabalhador do campo e a produção agrícola. O país ganhou uma nova capital, porém a dívida externa, contraída para esta obra aumentou significativamente. A migração e o êxodo rural descontrolados fez aumentar a pobreza, a miséria e a violência nas grandes capitais do sudeste do país. Mesmo com todos os problemas, JK foi um grande visionário.
Em 1964 o país entra na sua pior fase (luto democrático), era o golpe militar, onde se instalou a Ditadura Militar (1964-1985).
Já em 1985, com a eleição de Tancredo Neves para Presidente do Brasil, o país entrou na sua nova era: a era da redemocratização. No entando, Tancredo Neves fica doente antes de assumir e acaba falecendo. Assume o vice-presidente José Sarney (1985 – 1990), em um conturbado passo político. Em 1988 é aprovada uma nova constituição para o Brasil. A Constituição de 1988 apagou os rastros da ditadura militar e estabeleceu princípios democráticos no país. Porém, o país entra em mais uma fase descontrolada da política nacional, onde José Sarney ficaria conhecido como um dos piores presidentes da história.
Porém, foi através dessa base de desenvolvimento de políticas anteriores e a redemocratização do país, que o Brasil encontraria sua verdadeira rota de desenvolvimento. No entanto, faltava um novo político, capacitado e cheio de ideias, para que pudesse juntar as conquistas de Getúlio Vargas e de Juscelino Kubitschek, em um novo governo, e assim, instasse no país uma nova era de desenvolvimento. Esse político chegou, e seu nome é Luiz Inácio Lula da Silva.
Criado em família pobre, Lula cresceu trabalhando, conheceu a seca, o sertão e a fome. Fez ensino médio e foi metalúrgico. Mesmo com todos os preconceitos que esse político sofreu, o Brasil o elegeu em 2002, levando pela primeira vez ao Palácio do Planalto um metalúrgico Presidente do Brasil.
O resto da história você já sabe...
Luz para todos, Bolsa Família, Minha casa minha vida, PAC 1, PAC 2, Copa 2014, Olimpíadas 2016, Pré-sal, Petrobrás, Eletrobrás, Caixa, Banco do Brasil, desenvolvimento econômico, desenvolvimento social, BNDES, hospitais, empregos, escolas, creches, polícia, segurança, saneamento básico, estradas, pagamento da dívida externa (FMI), superávit primário, estabilidade econômica, incentivo industrial, créditos a grandes, médias e pequenas empresas, criação de vários programas nacionais, Upas, Brasil Sorridente, PSF, etc., etc., etc...
O Brasil se consolidou como uma grande nação, ganhando respeito e reconhecimento mundial. É o terceiro país do mundo com mais investimentos empresariais. Foi o primeiro país a sair de crise econômica, se é que entramos nela. Nós somos a 6ª maior economia do mundo. O Brasil, pela sua força econômica e por sua consolidação da democracia ganhou respeito internacional, e agora se credencia entre as principais potências do mundo.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Futuro

Nos últimos dez anos o Brasil passou por uma transformação nunca antes vista neste país. Mesmo as pessoas mais céticas conseguem enxergar essa mudança, às vezes tentando fechar os olhos, outras vezes não aceitando. Não sei o motivo de tanto ceticismo, já que a mudança está aí em nossa frente. Muita coisa ainda falta melhorar, mais a realidade é que muito também já foi feito. Não defendo nenhuma opinião formulada por terceiros, não sou guiado por ideias de pessoas nem de grupos.

Meu papel como cidadão é defender o bem social, o povo, as razões e circunstâncias que ajudam a melhorar a vida de nossa gente. Meu objetivo é integralizar meus pensamentos sociais com minhas ações de vida, do dia a dia, seja como pessoa ou como profissional. Daqui a pouco mais de seis meses estarei entrando no mercado de trabalho, lutando por uma vaga no serviço público de saúde. Como milhares de brasileiros, sou mais um pré-formando tentando encontrar um caminho de realizações na vida pessoal. Vou sempre integrar essas realizações pessoais com meus projetos de ações sociais.

Meu objetivo nesses quase quatros anos como um jovem universitário, sempre foi a defesa do bem estar comum. Minha atuação como universitário me proporcionou um encontro comigo mesmo, com meus pensamentos, com minha maneira de ver o mundo. Descobri que o respeito ao próximo é fundamental para o sucesso na vida, tanto pessoal como coletivo. A universalização dos direitos humanos me proporcionou encontrar uma linha de pensamento que antes eu não tinha. O ser humano merece ser digno, merece ser ouvido, merece ser bem atendido, merece acima de tudo respeito.

Espero do fundo do coração, que ao encontrar um caminho seguro de trabalho, eu possa colocar em prática tudo que eu aprendi em todos esses anos dedicados ao estudo, sempre pensando em um dia voltar a minha terra natal e trabalhar pela melhoria de vida do meu povo. Meu objetivo é fazer o melhor trabalho, com dignidade, respeito e ética.

Como profissional da área da saúde, eu irei defender minhas ideias, às quais eu tenho plena convicção de que são as mesmas de quem quer melhorias para a saúde. A população merece respeito, merece dignidade, merece um serviço de qualidade e uma vida ainda melhor. Na odontologia irei fazer bem o meu papel, que é de levar saúde a todos que necessitam e por direito devem ter. Terei uma visão socialista no que se refere ao bem comum, ajudando a melhorar ainda mais o Brasil, o Maranhão e minha querida Formosa que tanto amo, oprimindo sempre o errado, e levantando de forma leal a bandeira da mudança, a bandeira do povo.

sábado, 4 de setembro de 2010

Assalto a banco de Formosa

Dez homens fortemente armados assaltaram, no início da tarde desta sexta-feira (3), a agência bancária do Bradesco de Formosa da Serra Negra - MA. Os bandidos chegaram ao município em uma caminhonete tomada de assalto. Na agência bancária, eles dispararam vários tiros. O local ficou destruído. Na fuga, os assaltantes levaram reféns, incluindo a gerente, usando dois carros, uma caminhonete D20 e um Strada de uma cliente do banco. Os reféns foram obrigados a gritar “reféns” em voz alta enquanto os bandidos desfilavam pela cidade atirando para todos os lados. Os mesmos só foram liberados no início da noite, nas proximidades de Sítio Novo. Uma caminhonete foi incendiada. Ninguém ficou ferido.

Esta não foi a primeira vez que a agência do Bradesco de Formosa da Serra Negra é alvo de assalto. O local já foi assaltado em pelo menos outras quatro oportunidades. Em julho de 2009, oito bandidos assaltaram a agência. Na ocasião, os criminosos também destruíram o local e fizerem reféns, como aconteceu no assalto desta sexta-feira (3). Outra semelhança entre o assalto do ano passado com este último é que os bandidos utilizaram a mesma estrada vicinal para fugir, a qual liga Formosa a Sítio Novo.

http://imirante.globo.com/noticias/2010/09/03/pagina252672.shtml

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Retórica

Está na cara que a quadrilha que assaltou novamente a agência do Bradesco em Formosa é praticamente a mesma. Se não é, no mínimo esses bandidos fazem parte do mesmo grupo ou bando de criminosos fortemente armados que assaltam periodicamente os bancos do sul do estado. O Maranhão precisa urgentemente de uma reformulação de sua polícia. Estamos à mercê do perigo e do descaso. Nossa região não tem policiais suficientes para proteger a população. Os crimes se repetem todos os anos, e pouco ou quase nada é feito. De fato, o que falta mesmo é uma investigação profunda para que se encontrem os criminosos e quem está por trás desses crimes.

Claramente essa quadrilha está fortemente armada e preparada, conhece a pouca infraestrutura de nossas cidades. As polícias Federais, Civis, Estaduais e Municipais devem trabalhar em conjunto para encontrarem o mais rápido possível esses criminosos e levarem à justiça para serem julgados. Nossa pequena cidade, onde fomos criados com tranqüilidade e paz, está virando, aos poucos, uma “ração” para assaltantes.

Queremos sossego!


Manoel Arruda

São Luís-MA

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

IBGE Censo 2010

O Maranhão está com 60% de sua população recenseada, de acordo com dados do IBGE em 01/09/2010. A estimativa para 2010 é que o estado atinja uma população aproximada de 7 milhões de pessoas. Das 217 cidades do estado, apenas 3 já concluíram o recenseamento: Bela Vista do Maranhão, Brejo de Areia e Cajari. Algumas cidades ainda não atingiram nem 20% de sua população recenseada, entre elas estão Feira Nova do Maranhão, Palmeirândia e São Raimundo do Doca Bezerra. Formosa da Serra Negra está com apenas 29% de sua população recenseada, de acordo com as estimativas do IBGE para o ano de 2009 de 17.792 habitantes. De acordo com os dados, o Maranhão está acima da meta para o recenseamento de 2010, estando acima da média nacional, com 54% da população recenseada.
Dados: IBGE